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Saudações musicais caros bloggers!! Este blog foi criado com o intuito de complementar um trabalho de investigação sobre a música, na disciplina de Área de Projecto. E com este tema, há muitas variáveis, pelo que todas as sugestões e comentários são bem-vindos! Ah, e quem somos nós? Duas jovens, do 12ºB (Bruna Costa e Isabel Borges) que encontraram na música o "equilíbrio", por isso queremos partilhar este Maravilhoso Mundo com todos vocês. Não se esqueçam de comentar, e que todas as semanas iremos melhorar e acrescentar o nosso blog com o objectivo de ajudar a esclarecer todas as questões que surjam entretanto. Por isso, dúvidas é conosco! COMENTEM! =D

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O porquê dos nomes atribuídos às notas musicais

O nome das sete notas musicais (dó, ré, mi, fá, sol lá e si) assim o é pois em tempos o monge Guido d’Arezzo as denominou dessa forma, inspirando-se no Hino a São João Baptista chamado Ut queant laxis:


UT queant laxis
REsonare fibris
MIra gestorum
FAmuli tuorum,
SOLve polluti
LAbii reatum,
Sancte Ioannes.


“Que nossos servos possam, com as suas vozes soltas, ressoar as maravilhas de seus actos e limpar a culpa de nossos lábios manchados, Ó São João.”

UT foi substituído por DÓ para facilitar o canto com a terminação em vogal e o SI nasceu a partir da fusão das iniciais da palavra Sancte e o seu nome - Ioannes.

Música Moderna – século XX

O século XX surgiu como a era das experiências, da procura de novas técnicas e de novos caminhos para a arte em geral.

Como o Romantismo explorou ao máximo as possibilidades tonais, o século XX trouxe para a música mudanças em relação à sonoridade, que resultaram da aplicação de novas técnicas de composição e de instrumentos com sons inovadores e tecnológicos.

Neste contexto surgem assim os primeiros instrumentos electrónicos (guitarra eléctrica e sintetizador) ligados, numa primeira fase, à música Pop e Rock e, numa segunda, a outros géneros musicais.

Há uma maior tendência para valorizar as culturas extra-europeias, mas, é de referir, que este factor foi impulsionado pela evolução dos meios de comunicação. Outro facto importante, foi o aparecimento da gravação que abriu um novo mundo para a produção musical.

A procura de novas sonoridades fez com que alguns compositores explorassem sons de variados objectos e utensílios para os transformar em instrumentos musicais.

Também os instrumentos convencionais são transformados e devidamente preparados de forma a alargar as suas possibilidades tímbricas e sonoras, pois, é importante saber que o timbre é talvez o parâmetro da música mais valorizado deste período.

Houve então uma renovação na linguagem musical devido à procura de novos timbres, novas harmonias, novas melodias e novos ritmos assim como o aparecimento de novos métodos de composição musical.

Com a procura e o desenvolvimento de novos sons, a forma de composição musical foi progressivamente abandonando o uso das oito notas da escala. Com isto, deu-se a ausência da tonalidade definida, a que se chamou de atonalidade, e começaram a escrever-se obras a partir da utilização de uma série de 12 notas que consiste na técnica do dodecafonimo.




Romantismo (de 1810 a 1910)

Este período caracteriza-se pela liberdade de expressão e de sentimentos. Também as alterações políticas e sociais provocadas pela revolução francesa de 1789 fazem surgir sentimentos nacionalistas (daqui o surgimento da música folclórica).


Assim, Paris junta-se a Viena e tornam-se os principais centros de música da Europa. Neste contexto os compositores do Romantismo procuravam suscitar, através da música, os seus sentimentos e afectos em relação à sociedade da época.

Surgem assim compositores como Schubert, Mendelsson, ou Chopin e instrumentistas como Liszt (no piano) e Paganini (no violino).

Os compositores também conseguem libertar-se da tutela dos nobres que os empregavam e passam a compor por conta própria.

Com a ascensão da burguesia os concertos públicos tornam-se mais frequentes e, como consequência disto, surgem grandes salas de espectáculos e concertos.

As melodias românticas são mais líricas e as harmonias mais contrastantes, dando assim um resultado sonoro com uma maior variedade de sonoridades, dinâmicas e timbres. Também as obras musicais tomam maiores proporções tanto a nível sonoro com a nível de duração. É importante referir também que, devido a uma melhor qualidade dos instrumentos e dos executantes, a orquestra atingiu grande qualidade sonora e quantidade de músicos.

Por outro lado, a literatura exerceu uma enorme influência sobre a música romântica, facto este que se comprova com o aparecimento do Lied e do poema sinfónico.

O Romantismo desenvolveu o virtuosismo na execução instrumental que atingiu elevados graus de dificuldade e técnica instrumental levando os músicos a tornarem-se figuras públicas de destaque.



Encontro de músicos e poetas em casa de Liszt

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Diferença entre Cravo e Piano

Piano


O piano possui cordas que vibram quando acionadas pelas teclas. É essa vibração que gera o som. Um sistema mecânico faz com que as cordas recebam o impacto de uma peça (martelo) toda vez que o pianista toca uma tecla – e ele ainda pode controlar a força com a qual a corda é percutida. O piano possui 88 teclas e mais os pedais, que servem para prolongar, suavizar e até abafar a vibração das cordas.


Dentro do piano

1. Dentro do instrumento, há um prolongamento da tecla do piano, que forma uma espécie de alavanca. Quando a tecla está em repouso, o martelo permanece abaixado


2. Quando a tecla é pressionada, seu prolongamento sobe e o martelo atinge uma corda, que vibra e produz o som. Se o pianista bate forte na tecla, o martelo atinge a corda com força, gerando um som mais intenso










Cravo

Externamente, o cravo difere do piano por não ter pedais e por ser menor – ele tem as teclas mais finas que o piano. Mas o que muda mesmo é a parte mecânica. No cravo, as cordas não recebem impacto, elas são “beliscadas”, de um jeito parecido ao que os dedos fazem ao tocar um violão. Isso impede que o cravista mude a intensidade do som. Não adianta bater na tecla com mais força. O som é sempre o mesmo.


Dentro do cravo


1. O prolongamento da tecla também existe no cravo. A diferença é que não há um martelo. No lugar, o cravo possui uma espécie de agulha, o plectro, que fica na ponta de uma peça chamada saltador



2. Quando a tecla é acionada, o saltador sobe. Aí o plectro belisca a corda, fazendo-a vibrar, e volta à posição original. O contato entre plectro e corda acaba aí. Não importa a força aplicada na tecla


Classicismo (1750 a 1810)

No período clássico a música torna-se mais leve e menos complicada que no barroco. Agora a música revela uma extrema suavidade e beleza com grande equilíbrio e perfeição estética.


No classicismo é a melodia com acompanhamento de acordes que predomina. As frases melódicas são curtas, claras e bem definidas, sentindo-se o princípio, meio e fim de cada uma. Há também uma maior variação em relação à dinâmica das obras musicais, surge o sforzatto, o crescendo e diminuendo. A sonoridade resultante de todas estas características é bastante tonal.

O cravo cai em desuso para dar lugar ao piano que o irá substituir definitivamente. Também a orquestra
toma maiores proporções ao mesmo tempo que diversifica os seus instrumentos.

Desenvolvem-se grandes géneros instrumentais como: a forma sonata, o quarteto de cordas, a sinfonia e o concerto.




Wolfgang Amadeus Mozart

Barroco ( de 1600 a 1750)

Barroco é o período em que a música instrumental atinge, pela primeira vez, a mesma importância que a música vocal.


A música do barroco é exuberante, de ritmo energético e frases melódicas longas muito bem organizadas. Neste contexto os compositores fazem uso de um contraponto com grandes contrastes tímbricos.

O violino é o instrumento que mais se afirmou devido á evolução da sua construção e logo da sua execução. Também os instrumentos de tecla sofrem grandes evoluções, nomeadamente o cravo que aparece como instrumento solista, e não apenas como acompanhante.

A orquestra também, por sua vez, toma maiores proporções e uma forma mais estruturada. Dá-se também um aperfeiçoamento técnico dos músicos, assim como um maior acesso à música por parte do público em geral.

A ópera e o ballet são formas musicais, orquestrais e vocais que surgem e se desenvolvem com grande autonomia.

A Suite que também é outro género deste período, é uma sucessão de diferentes peças musicais com andamentos de dança.

Entre os compositores mais famosos destaca-se: Johann Sebastian Bach.


Cravo


Renascimento (de 1450 a 1600)

O período renascentista é caracterizado pela mudança de pensamento do homem perante o mundo. Sabe-se desde logo que esta mudança vai também influenciar a arte. O homem do renascimento já não vive apenas dominado pelos valores da igreja, agora encontra valores nele próprio e na natureza. A igreja também se tornou menos rígida e permitiu uma troca maior entre a música sacra e a música profana.


É nesta altura também que os donos das cortes e homens ricos concedem oportunidades de trabalho aos compositores e aos músicos, promovendo festas, audições e acontecimentos culturais.

Neste período, as obras musicais que se desenvolvem são essencialmente vocais, ou melhor, a música vocal polifónica é a composição mais comum.

As formas vocais mais importantes deste período são: os madrigais, a missa, e o motete.

É também no renascimento que, apesar de se continuar a utilizar os instrumentos para duplicar, reforçar ou substituir as vozes, se começou a desenvolver uma música composta para ser tocada por instrumentos musicais, destacando-se o alaúde e as violas de gamba.


quarta-feira, 28 de outubro de 2009


O porquê dos nomes atribuídos às notas musicais

O nome das sete notas musicais (dó, ré, mi, fá, sol lá e si) assim o é pois em tempos o monge Guido d’Arezzo as denominou dessa forma, inspirando-se no Hino a São João Baptista chamado Ut queant laxis:




UT queant laxis
REsonare fibris
MIra gestorum
FAmuli tuorum,
SOLve polluti
LAbii reatum,
Sancte Ioannes.




“Que nossos servos possam, com as suas vozes soltas, ressoar as maravilhas de seus actos e limpar a culpa de nossos lábios manchados, Ó São João.”


UT foi substituído por para facilitar o canto com a terminação em vogal e o SI nasceu a partir da fusão das iniciais da palavra Sancte e o seu nome - Ioannes.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Vejam este vídeo sobre uma viagem pela história da música. Do melhor!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Idade Medieval (de 1400 a 1450)

http://www.youtube.com/watch?v=6FTS49U5xm0
  • PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA MÚSICA MEDIEVAL
1. O uso de modos.
2. Cantochão - melodias simples, sem acompanhamento ou notação rítmica; canções seculares e danças bem ritmadas.
3. Músicas polifônicas: organum ( peças elaboradas a partir de cantochãos preexistentes); motetos - composições resultantes da sobreposição de melodias e palavras.
4. Muitas composições baseadas em um cantus firmus tirado de um cantochão, mas algumas peças compostas de forma independente ( conductus ).
5. Na Ars Antiqua, rítmos tomados da poesia, mas, na Ars Nova, já mais flexíveis e ousados.
6. Maior preponderância dos intervalos harmônicos: uníssono, Quarta, Quinta e oitava.Intervalos de terças e sextas mais frequentes no fim do período medieval.








  • INSTRUMENTOS MUSICAIS

Estão citados aqui alguns instrumentos que deveriam acompanhar essas danças e canções:

1. Galubé e tamboril: flauta e tambor de duas faces, tocados por uma só pessoa.
2. Charamela: instrumento de sopro e palheta dupla, antepassado do oboé.
3. Órgão: além do órgão da igreja, havia o órgão portátil, que podia ser carregado.
4. Carrilhão: conjunto de sinos graduados , para ser tocado com martelos de metal.
5. Cítola ou cistre: instrumento de 4 cordas de arame
6. Harpa: menor em tamanho que a harpa moderna.
7. Viela: maior que as violas modernas, possuía um cavalete achatado.
8. Rebec: instrumento em forma de pera, com 3 cordas para serem friccionadas por um arco.
9. Viela de roda: instrumento no qual uma roda movida a manivela fazia as cordas vibrarem, e um teclado em conexão com as cordas melódicas respondia pela diferenciação dos sons.
10. Saltério: dotado de cordas que eram tocadas com bicos-de-pena, um em cada mão.

Também existiam outros instrumentos: flautas doces de vários tamanhos: a aveludada flauta medieval; o trompete medieval; alaúde, gaitas de fole, instrumentos de percussão tais como címbalos, triângulo e tambores.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Sons&Sentidos: Bem-Vindos!

A música é considerada a arte mais antiga e a mais primitiva de todas. Desenvolveu-se a partir dos principais ritmos e vibrações do mundo. É por isso que se costuma ouvir que “a música na terra é tão antiga como o homem”.
Como complemento a um trabalho de investigação na disciplina de Área de Projecto, vamos reconstituir a sua história passando por todas as época, ou seja, desde a Pré-história até à música moderna do século XX.


  • Pré-História
Sabe-se que o homem primitivo teve desde muito cedo necessidade de comunicar. Para isso usava, por exemplo, sinais sonoros como: gritos, sons corporais, batimentos com pedras ou com ramos de árvores, etc.
No fundo, o homem pré-histórico tinha como principal objectivo o de imitar a natureza e não o de fazer música. Mas desde o momento que o homem começou a produzir sons com a intenção de fazer música, pode-se afirmar que se deu início ao longo percurso da história da música.
Assim o homem começou a fazer uso da música nas suas cerimónias e rituais, como por exemplo, na evocação das forças da natureza, no culto dos mortos, no decorrer da caça,...
Começou por usar apenas a voz e os diversos sons corporais, mais tarde, também introduziu gradualmente instrumentos que construía para usar nas suas músicas e danças numa tentativa de agradar mais aos deuses. Depois de descobrir a beleza e a funcionalidade da música o homem nunca mais se separou dela.



  • Antiguidade (até 400 d.C. )


A música assumiu um papel central nas diversas actividades diárias das grandes civilizações da antiguidade, nomeadamente no Egipto, Grécia e Roma.